
Luz, onda ou partícula? A união do Tempo e da Energia produz o Movimento. O movimento da Energia, os comprimentos de onda e, como essas nos chegam define a nossa espécie – só o Homem percebe e é capaz de sentir e compreender o mundo de maneira a determinar sua natureza humana. Tudo se move, sempre. Não há repouso no mundo de aparências. Tudo se repete, tudo flui e reflui.
Ainda, fomos criados para o mundo ou o mundo foi criado para nós? Por acaso houve um mundo e por acaso nós o percebemos? A resposta a essas questões determinam a vida, as possibilidades. O que vemos, ouvimos, sentimos e entendemos não é a realidade, mas o que nosso corpo e nossas limitações permitem. Por que? Uma espécie está construída para ver o mundo sob certa perspectiva – o Homem, certamente, limitado em sua capacidade perceptiva, tem o complemento excepcional do psiquismo. O que nossos sentidos não alcançam é compensado pelo psiquismo. Assim, um desenvolvimento das nossas potencialidades mentais e emocionais, além de um equilíbrio das funções físicas e instintivas é fundamental.
A luz que podemos receber com a visão é apenas a menor parte da extensa radiação no Universo. Mas, ainda essa tem uma origem invisível. O que vemos precisa ser interpretado e dado significado. Aquilo que não somos capazes de receber com os nossos órgãos dos sentidos nos fazem humanos e, por outro lado, nos estimulam a compreender, a usar os sentidos internos. Há a luz que recebemos pelos olhos e há a Luz que podemos receber, mais ou menos, dependendo de nossa evolução, pela Consciência. Quando criamos coisas para ver por nós – as máquinas – perdemos a condição de crescer e ficamos presos a tecnologia e a aqueles que a dominam.
Quanto mais tecnologia, menos consciência, e involuímos. Recebemos o mundo por uma fresta estreita limitados por uma distorção do Tempo e da Energia percebidos. O mundo é o que achamos o que ele é. Se desejamos mudar o mundo, precisamos antes mudar a nós mesmos.