
Esse símbolo indica que, no processo de criação, o Tempo, a quarta dimensão do espaço, precede tudo. As dimensões inferiores não o precedem, mas o seguem. O Tempo não pode, nas condições naturais de consciência, ser visto e é inferido indiretamente e imperfeitamente como passado, presente e futuro. Portanto, é um dos pilares da criação, não como o vemos, nas condições involuídas, mas sem o Tempo, o Universo não existiria.
Note-se que o Tempo emerge do princípio criativo como por um salto. Há um degrau, um nível intransponível entre o Criador e sua criação. É deixado para cada ser humano, dentro de seu nível de compreensão, conceber que há uma ordem que determina o processo. Mais importante do que ver isso fora é ver dentro de si mesmo. Desde que conscientes e capazes de memória organizamos a vida desde seu início pelo Tempo. Qualquer defeito e inversão nessa percepção e nada pode se organizar e ser compreendido. É disso que se trata o Tempo para o Homem, um início de Ordem, de Lei.
Não é por acaso que seu símbolo seja uma vertical, e não uma linha do passado para o futuro passando pelo presente, mas uma dimensão misteriosa que emana do Criador, do Eterno, e corta nossa percepção em momentos que serão ou não registrados e que determinam assim, o que somos. O símbolo é uma advertência para que não acreditemos apenas no que nossos sentidos nos apresentam, mas além deles, pela mente, um mundo de significados cada vez mais profundos. Há mais coisas e superiores, portanto inacessíveis aos sentidos externos, dimensões superiores sentidas como “o Tempo”. O Tempo, em sua realidade, precisa de sentidos internos desenvolvidos, os quais estão dentro da mente.