A Liberdade é uma qualidade essencial do ser humano.
Há um evidente mal entendido sobre o que chamamos liberdade porque ela foi indevidamente mesclada com uma conquista social, um “direito” constitucional, ou seja, algo que o Estado, a República garante, determina e define.
A questão da liberdade nada tem a ver com as ações políticas. A liberdade é um atributo físico do Homem porque todos são naturalmente dotados suficientemente para sua preservação e, portanto, capazes e independentes e livres; não há nada que faça um homem submisso a outro ou que dê direito de dominar sobre qualquer outro.
Ao julgar todos os homens intrinsecamente maus e incapazes, o Estado e governantes invadem e assaltam as relações humanas criando leis e poderes para supostamente garantir uma liberdade artificial, social, pela letra da lei e pelo uso da força. Ora, isso torna a Estado e governantes abusivos, injustos, e destruidores das relações naturais entre pessoas e também do exercício interno de pensar sobre a justiça por si mesmo. Assim, as pessoas sob a tutela do Estado, de suas leis artificiais, esperam que a liberdade lhes seja dada de fora, por outros.
Além do prejulgamento do Homem pela sociedade politicamente constituída há toda uma construção social complexa e fundada sobre uma definição equivocada e estúpida do Homem e isso é a causa de injustiça, de constantes demandas e violência. E novamente, isso força para mais regulamentos, restrições, ameaças que, finalmente, são um obstáculo quase intransponível para as relações normais entre as pessoas e um pensar profundo e pessoal sobre si mesmo e a liberdade como atributo natural e auto evolutivo.
Se um Homem não compreende que a liberdade é um atributo físico natural irá busca-la fora e implorar por ela para que outros a garantam para ele e isso o tornará, automaticamente, um escravo do Estado ou de outro homem.