Autocura, auto-salvação, autonomia, autossuficiência, autoconsciência, autolibertação – são conquistas, são sinais de inteligência, de capacitação, de vontade e, finalmente de evolução. E essa evolução, definida por todas as outras conquistas, é pessoal, voluntária e, antes de tudo consciente. A ideia de uma evolução automática, mecânica, inconsciente, tal como explicitada na hipótese da “evolução das espécies pela seleção natural”, remete as ideias de geração espontânea e outras doutrinas supersticiosas pseudo-científicas.
O Homem é um Ser capaz de auto-evolução. Ou seja, ele pode, através de um conhecimento especial e a aplicação dele sobre si mesmo, transformar-se, aumentar suas capacidades numa tal proporção que chegará a ser um Novo Homem, um Ser superior ao que já foi. É claro que essa evolução nada tem a ver com seu corpo físico ou genética, mas com sua psicologia. A mudança, o crescimento é interior, invisível e não exterior e possível de ser percebido pelos sentidos.
Ninguém virá salva-los, curá-los, sustenta-los, ensina-los, alimenta-los, liberta-los, verdadeiramente – isso é uma atitude própria de povos primitivos e decadentes.
Aqueles que esperam e se submetem a tutela e ao comando de pessoas, instituições ou estado, são escravos, serão enganados, usados e se tornarão apenas instrumentos, como máquinas a serem finalmente descartados.
Entre as muitas ideias que a auto-evolução traz , uma imediata é que o Homem tal como nasce e chega a sua idade adulta é um Ser incompleto – como uma pequena semente não germinada, que colocada em contato com a umidade, calor, ar e luz pode ‘acordar’ e chegar a ser uma planta que produz ela mesma frutos.
Também, essa condição de semente, sempre adormecida, pode ser e, geralmente é, a condição ‘natural’ da grande parte da humanidade, que não tem outro interesse senão o de servir a natureza e por fim ser inteiramente absorvido por ela.
Eles repetem o destino de seus ancestrais, de seus vizinhos e o deles mesmos e não querem ser incomodados nisso e, por outro lado, estão inteiramente satisfeitos em nascer, sofrer e morrer. Ou seja, rejeitam ideias que os provoquem a pensar por eles mesmos e buscam se alimentar daquilo que é comum a coletividade – são passivos e não agem, mas apenas, reagem aos estímulos.
Não há nada errado com ser assim, é uma escolha!
Quando se diz que o Homem pode evoluir, que foi criado para isso (também – além de só servir a natureza), imediatamente se entende que ele está incompleto e pode, só ele mesmo, se transformar em outra coisa que compreende muito mais, vê e ouve e pode fazer o que as pessoas comuns não podem, nem sonham.
Os poderes e conhecimento a que um homem pode conquistar, ademais da consciência aponta em uma outra direção, inversa aquela que caminha a civilização, que coloca toda a sua esperança na ciência, na tecnologia, no padre, na igreja, no doutor e em suas drogas e nos seus líderes. Esse outro caminho investe e se dedica em desenvolver esses poderes e compreensão latentes os quais, verdadeiramente, capacitam cada pessoa a se curar, salvar, libertar, cuidar, viver, porque o que ela precisa está dentro e não fora!