Mesmo sob um olhar descuidado pode-se notar que ao lado da queda iminente dessa civilização, também seus ritos, festas e tradições perdem a cada ciclo sua essência e razão, sendo usados como uma catarse de pulsões mal utilizadas.
Inconsciente e mecanicamente, a medida que a civilização e as sociedades perdem o contato com o mundo superior e sutil, com as escolas esotéricas, seus costumes, religiões, políticas e comportamento social, perdem seu equilíbrio e qualquer motivo racional e passam a servir como meios de descarregar energias mal administradas e não submetidas pela razão.
As primeiras tentativas de controlar festas pagãs ocorreram nos primórdios da igreja romana quando o imperador romano Constantino, com o uso da força, substituiu o ‘nascimento do Sol invencível’ pelo suposto nascimento do Salvador Jesus. Ao lado desse arranjo perigoso, temerário e herético seguiram-se muitas outras contaminações de tradições e misturas de mundos e níveis completamente irreconciliáveis.
As festas, mistérios, teatro e música que eram, a princípio, a exteriorização de escolas esotéricas, de ensinamentos elevados e especiais, ficaram acéfalas e desapareceram ou, pior, continuaram como deformações pervertidas e deletérias de ensinamentos sutis e necessários à sustentação das civilizações.
O carnaval no Brasil é um exemplo chocante do que resultou de uma festa importada e aqui amalgamada com paganismo, com álcool, drogas, com o crime organizado e com uma sexualidade descontrolada, ignorância e controle político-social por meios de comunicação dominados por movimentos políticos corrompidos.
Do Natal – festa do suposto nascimento de Jesus – retornou-se a sua origem, a motivação pagã e de costumes estranhos e distantes e, como outras festas, perdeu sua razão. Entretanto, essa em especial foi uma imposição de uma falsificação e de usar um costume arraigado desviando sua força para a nova crença, essa também artificialmente forjada em todas as suas ideias e ações originais, por outra que é um híbrido mal construído sobre costumes e velhas crenças do império romano.
É claro que isso foi tentado na política e nas ciências da saúde levando a humanidade à beira da catástrofe, porém dourada com propaganda de que nunca, jamais, antes, estivemos tão bem e tão “evoluídos”.
Não temos apenas “algo de podre” e que começa a ofender alguns sentidos mais sensíveis, mas a podridão chegou agora a ser de tal forma generalizada que o maioria está insensível ou até deleitada pelo cheiro nauseabundo de absolutamente tudo.