Há pouco se enfatizava como a solução final para a melhora da sociedade, do país, a eficiência econômica antes de todas as outras. Também já se acreditou em salvadores da pátria. Hoje o foco mudou para uma pauta política com tendência conservadora e de direita.
O problema com todas essas soluções é que elas são externas, são impostas de cima para baixo e de fora para dentro, do estado para o cidadão, do governo para o povo.
São soluções empíricas, são ações por tentativas de acertos e erros, são relativamente caóticas e extremamente sujeitas ao envelhecimento e inadequação e, portanto, ao ataque de adversários políticos e aventureiros
Tudo o que não se leva em conta é o homem e sua natureza.
A mudança e melhora pessoal seria uma consequência “natural” da evolução da sociedade, segundo os sonhadores do novo milagre.
Assistimos quase perplexos o primeiro mundo sucumbindo as invasões de bárbaros, como um fenômeno relativo a uma doença inconsciente, inadvertida, suicida – toda uma civilização culta, avançada, conservadora, muito admirada, cai de joelhos diante de inimigos inimagináveis e improváveis. Mas, ainda assim, sonha-se com um crescimento e aprimoramento através de uma solução política que traria o paraíso ao ainda inferno socialista, corrupto e lupanar.
Não se leva em conta a advertência das sábias palavras:
“Não é o que o povo come, mas o que ele digere, que o faz forte. Não é o que ele ganha, mas o que ele guarda, que o faz rico. Não é o que lê, mas o que lembra, que o faz culto. E não é o que professa, mas o que pratica, que o faz justo. Essas são verdades muito simples e importantes, porém excessivamente pequenas para serem percebidas pelos glutões, perdulários, devoradores de livros e hipócritas”.
Uma coisa é possuir conhecimento ( o que agora parece ter se tornado acessível e desejado pelo caminho digital e das redes sociais) de como chegar aos resultados sonhados; outra coisa muito diferente é ter o auto-controle e a sabedoria necessária para realmente obtê-los.
A humanidade tem muito que aprender no caminho da auto-disciplina, e isso é pessoal e intransferível.
A conquista de si mesmo, do corpo e mente é o “caminho estreito” pelo qual todos devem necessariamente passar. Não há outra vacina ou antídoto para as pestes e venenos da vida.